quarta-feira, novembro 22, 2006

a forma como te olho
é ambígua, querido
se por um lado te vejo
por outro tapo a peneira
a cegueira fere-me os olhos
e o meu olhar anseia

a noite que me acalmou o espirito
canta a discórdia do amanhã
o meu amor sabe a nada e a tudo
toco o que o destino me traz
e o meu canto é mudo

o meu movimento é estar deitada
de tanto estudar o meu sofrimento
acabei por ficar curvada
dizem-me que parece que rezo
mas a minha voz está calada