quinta-feira, outubro 26, 2006

a neblina que encobre os meus anseios
ensinou-me a vaguear sem nexo
e minto, se disser, convicto
que o fiz, que rumei incerto
porque de todos estes desertos
germinou sempre rasto de verdade
ouve quem quiser e digo mais,
que sem duvida, colhi a flor
cheirei-a, comi-a e vomitei-a
pu-la num altar e encostei-me
aos seus espinhos a cantar..
o sangue desse conto
jorra sem pudor, quase obsceno
nas pegadas que deixei na areia
e desenha a seguinte inscrição:
todos os mistérios que amei
nunca do coração fui vitima
sei que caminho tomo
e nunca,nunca duvidei