segunda-feira, fevereiro 02, 2004

(...)A minha ruína começou no dia em que me pediram para a fazer sorrir. Levantei-me da nossa mesa e disse
-espero que esta noite esteja do seu agrado.
fiz uma vénia duplamente encurvada e equilibrei o copo na nuca.
Ela não sorriu, muito pelo contrário. Pôs a mão à frente da testa e olhou para baixo.
Tirei o copo.Sentei-me outra vez na mesa e fiz aquele sorriso estúpido que se faz quando se fica mal perante uma piada desgostosa. Na mesa os rapazes ficaram a olhar para mim e incrivelmente as raparigas fizeram o mesmo que ela. Baixaram levemente os olhos.
A partir daí nunca mais se riram comigo. Perdi completamente o dom... a culpa foi inteiramente dela! Deus me perdoe mas que cabra!
De resto, foi a única mulher que me interessou em toda a estadia , a mulher que nao se ria das minhas piadas; a minha ruína e o meu tesão. (...)
In "Welcome to Staffordshire", de Douglas Fairbanks